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A Discalculia

      Para muitos, sinais de “mais”, “menos”, “maior”, podem parecer um bicho de sete

cabeças. Porém, muitas vezes, o problema não está na criança, mas nos professores

ou na metodologia da escola que não se adapta ao aluno. Estudos mostram que o

desenvolvimento da criança em termos quantitativos é adquirido gradativamente, mas

em alguns casos, a dificuldade pode ser apenas da pessoa, tratando-se de um

transtorno conhecido como discalculia, e não comodismo ou preguiça como alguns

podem pensar. A discalculia é causada por má formação neurológica, provocando

dificuldade em aprender tudo o que está relacionado a números como: operações

matemáticas; dificuldade em entender os conceitos e a aplicação da matemática;

seguir sequências; classificar números… É importante esclarecer que, a discalculia 

não é causada por má escolarização, deficiência mental, déficits visuais ou auditivos ou

qualquer ligação com níveis de QI.

 

      A matemática é uma ferramenta essencial em nossas vidas, por isso a importância de

diagnosticar a discalculianos primeiros anos de vida. Quando não reconhecido a tempo,

pode dificultar o desenvolvimento da criança, resultando no medo, comportamentos

inadequados, agressividade, apatia e até o desinteresse. Existem seis subtipos para a

Discalculia.

 

  -Verbal: resistência em nomear números, termos e símbolos;
  -Léxica: problemas para ler os símbolos matemáticos;
  -Practognóstica: dificuldade para enumerar, comparar e/ou manipular objetos ou imagens

matemáticas;
  -Gráfica: dificuldade em escrever símbolos matemáticos;
  -Operacional: resistência para executar operações e cálculo numéricos;
  -Ideognóstica: dificuldade para mentalizar as operações e para compreender os conceitos

matemáticos.

 

      Para o professor diagnosticar a discalculia em seu aluno, é fundamental observar a

trajetória da aprendizagem dele. Ficar atento se, com frequência, os símbolos são

escritos incorretamente, se há incapacidade em operar com quantidades numéricas, se

não reconhece os sinais das operações. Dificuldade na leitura dos números e em

mentalizar as contas também são sinais da dislexia. É importante que o professor

realize atividades específicas, sem isolá-lo do restante da turma. É regressivo ao

tratamento de discalculiaressaltar as dificuldades, diferenciando o aluno dos demais

colegas; mostrar-se impaciente, interromper ou tentar adivinhar o que a criança quer

dizer; corrigir o aluno frequentemente diante da turma; ignorá-lo; forçá-lo a fazer as

lições quando nervoso por não ter conseguido. Uma dica é propor jogos em sala e usar

situações concretas nos problemas matemáticos.

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